Hoje, 19 de Abril, é comemorado o dia dos índios, então, resolvemos lembrar a história do mais notavel índio das Missões, o Sepé Tiaraju! Cuja a figura é representada populamente como um herói das região missioneira.
Para entender e conhecer a sua história, voltaremos ao século XVIII, por volta do ano de 1750, quando a Espanha e Portugal assinaram o tratado de Madri em que estabelecia o fim da disputa sobre os territórios da américa. No tratado, os espanhóis cediam alguns terrítórios como Mato Grosso, Amazonas e parte do Rio grande do sul, que correspondiam a região das missões.
Na região das missões, existia um conjunto de trinta povos guarani-jesuítas que viviam em conjunto com os padres jesuítas espanhóis e estavam ali havia algum tempo (a doutrinação dos índios ocorria no local desde o inicio do século XVII). Após o inicio deste tratado, foi estabelecido que os índios eram obrigados a se deslocar para a outra margem do Rio Uruguai, só que não foi levado em conta se os povos queriam migrar para o novo local.
A partir deste cenário, iniciou-se um intenso conflito e gerou a Guerra Guaranítica, que de um lado estavam os nativos do outro estavam às tropas espanholas e portuguesas.
Uma figura se destacou do lado dos indígenas, que foi o glorioso Sepé Tiaraju, que tinha sido Alferes do exército espanhol, sabia ler e escrever, possuía treinamento militar e uma influência enorme sobre os seu comandados.
Ao longo dos primeiros anos de batalhas, os guaranis foram vitoriosos, mas ao final do ano de 1755 começaram os primeiros sinais de que a derrota era eminente e no dia 7 de fevereiro de 1756, cerca de 1.500 guaranis sucumbiram na batalha de caiboaté (próximo a cidade de São Gabriel) e Sepé Tiaraju morreu em combate.
Após este momento, o capitão indígena se tornou um herói popular e a sua frase “Esta terra tem dono” se imortalizou. Muitas lendas sobre ele foram surgindo a partir da sua morte, e muitas crenças nasceram deixando a sua história ainda mais espetacular. Uma cidade do Rio Grande do Sul foi homenageada com o nome de São Sepé, em virtude da figura folclórica das missões que é este icônico índio.